Contra o desmonte da ciência

Presidente da FeSBE, ex-Presidentes e Presidentes de Sociedades Científicas afiliadas se manifestam contra o desmonte da ciência brasileira.

 

Leia abaixo alguns dos depoimentos que foram enviados para a FeSBE e encaminhados para autoridades e políticos.

 

“Um marco negro em nossa história, cuja responsabilidade pesará eternamente sobre os ombros dos atuais governantes. O mundo inteiro sabe que uma nação é grande devido à educação, à ciência e à tecnologia que possuem, fato esquecido pela cegueira dos responsáveis que conduzem nosso país. Rogamos a esses governantes abrirem seus olhos e reverterem os cortes que desmantelarão o nosso sistema de CT&I.”

Dalton Vassallo
Presidente da FeSBE

 

“Os cortes feitos no orçamento de ciência, tecnologia e inovação pelo governo federal revelam a ausência de um projeto de nação por nossos governantes. Um país e seu povo só prosperam com educação, ciência e tecnologia, que são os motores da inovação, que possibilita agregar valor ao que a sociedade produz. Os cortes estão desmontando o sistema nacional de ciência e tecnologia, com perdas já significativas de pessoal altamente qualificado que está migrando para os países centrais. O que toda a sociedade brasileira investiu na formação desses profissionais está se perdendo. Enquanto faltam recursos para ciência, educação, saúde e cultura, sobram recursos para emendas parlamentares!”

Antonio Carlos Campos de Carvalho
Ex-Presidente da FeSBE

 

“Tudo neste mundo tem jeito e pode ser revertido, exceto a morte. O que está sendo perpetrado com o presente corte de verbas é a morte da ciência brasileira. Pela imediata recomposição do orçamento do CNPq!”

Luiz Eungenio Araújo Mello
Ex-Presidente da FeSBE

 

“Como brasileiro que dedicou sua carreira ao ensino universitário e à pesquisa científica, formando jovens com futuros promissores e contribuindo com conhecimento científico, não me é permitido pela ética e pela moral aceitar o descabido desmonte de agências financiadoras da ciência, quer seja a nível federal, quer a nível estadual.”

Walter A. Zin
Ex-Presidente da FeSBE e da SBFis

 

“Não há país sem ciência. O corte nas verbas do CNPq afetará não apenas a ciência em curso, como também a que nos dará esperanças. Um país que não investe em ciência compromete a sua própria liberdade.”

Ricardo Nunes de Souza
Presidente da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento 

 

“A Sociedade Brasileira de Biologia Celular está indignada com o corte imposto ao CNPq, pede a liberação imediata do recurso contingenciado do FNDCT e repudia a tentativa de destruição da ciência e da educação no país.”

Patrícia Gama
Presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Celular

 

“Para garantir a soberania nacional, é preciso inovação tecnológica e marco regulatório coerente. Na área da saúde, por exemplo, não basta a substituição de importações de medicamentos como solução a curto prazo. O investimento deve ser contínuo, tanto em recursos humanos como em modernização das instituições. Essa decisão é dever do Estado e direito da sociedade brasileira.”

Silvia Maria Velasques de Oliveira
Presidente da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares – SBBN

 

“Como brasileiro que dedicou sua carreira ao ensino universitário e à pesquisa científica, formando jovens com futuros promissores e contribuindo com conhecimento científico, não me é permitido pela ética e pela moral aceitar o descabido desmonte de agências financiadoras da ciência, quer seja a nível federal, quer a nível estadual.”

Walter A. Zin
Ex-Presidente da FeSBE e da SBFis

 

“O sistema brasileiro de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação foi construído ao longo de décadas, e o apoio do CNPq foi essencial para essa construção. Solapar esse apoio significa fazer ruir todo o sistema, com perda de competitividade internacional e sua mais visível e imediata conseqüência – a evasão de talentos jovens, desperdiçando o investimento em sua formação e privando o país da necessidade estratégica de produzir conhecimento. NÃO ao desmonte do CNPq, SIM à educação, saúde, ciência e tecnologia.”

Dora Fix Ventura
Ex-Presidente da FeSBE e da SBNeC

Ex-Vice Presidente da SBPC

“O desenvolvimento do país depende de uma agenda política sólida para ciência, tecnologia e inovação. O presente corte de verbas para o CNPq, em recursos que já estavam abaixo do mínimo necessário para o setor, paralisa o cumprimento das funções desta importante agência de fomento. A não reversão imediata desta situação implicará em consequências desastrosas para a ciência brasileira e a esperança de um pais melhor para todos os brasileiros.”

Maria Christina W. Avellar
Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapeutica Experimental

SBFTE

“É em momentos de crise que os pilares centrais de desenvolvimento de uma Nação, que incluem áreas estratégicas em Ciência e Tecnologia e, obviamente Educação, impulsionarão e promoverão o bem-estar social e a economia do país. Inviabilizar o desenvolvimento contínuo em C&T gera perda irreparável para a formação profissional e para a transferência de conhecimentos e tecnologia para os setores públicos e privados. A Sociedade Brasileira de Toxinologia manifesta o repúdio a qualquer ação que promova a diminuição dos já ínfimos recursos que vêm sendo destinados ao CNPq. Caso não haja aportes significativos para C&T esse governo estabelecera o DESEMPREGO MENTAL em nosso país.”

Denise Tambourgi
Presidente da Sociedade Brasileira de Toxinologia (SBTx)

“Uma história de amor, bola e ciência.
Gabor morava em Budapeste no final dos anos 80, era fã do futebol brasileiro e imitava dribles jogando com seu avô. O avô sofreu um infarto e não era mais o mesmo. Cansava para andar e acompanhar o neto era difícil. O médico do avô então prescreveu um remédio novo e promissor, cuja princípio vinha da pesquisa com um cobra brasileira, chamada jararaca. A falta de ar melhorou e as peladas com o avô voltaram. Gabor, ao saber da história, criou o drible da jararaca. Este remédio, que melhorou a vida de milhões de pessoas pelo mundo, nasceu em Ribeirão Preto, através das pesquisas do Prof. Sérgio Henrique Ferreira, por mais de 20 anos. Pesquisa é assim, demorada e às vezes difícil de compreender, mas encantadora e necessária. Ao limitar o apoio financeiro ao CNPq, o governo brasileiro marca, ao mesmo tempo, dois gols contra: impede esforços para que as pessoas vivam mais e melhor e interrompe o aproveitamento de recursos da flora e fauna mais rica do planeta. Foi mal, parem com isto.”Bruno Caramelli 
Ex-Presidente e tesoureiro Sociedade Brasileira de Investigação Clínica

“A Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis) recebeu com grande preocupação a noticia de que o CNPq não terá recursos para honrar os compromissos já assumidos, a partir de setembro de 2017. Manifesta particular preocupação com os jovens pesquisadores, estudantes de pós-graduação que estão realizando estágios no Brasil ou no exterior, que tem como única fonte de vencimentos a bolsa e, com a liberação de recursos para a pesquisa científica que já foram contratados. A falta destes recursos certamente irá impactar negativamente o desenvolvimento cientifico e tecnológico do país podendo levar a paralisação das atividades de pesquisa. Assim, a SBFis solicita veementemente a liberação dos recursos orçamentários do MCTIC.”

Maria José Campagnole-Santos
Presidente da SBFis

“Em nome da Sociedade Brasileira de Biofísica, venho externar a mais profunda preocupação com o grave quadro de restrição orçamentária que agora se configura no cenário científico nacional. Os investimentos em CT&I vêm sofrendo com os sucessivos cortes de recursos, o que compromete sobremaneira a continuidade e estabilidade financeira tão importantes para o desenvolvimento científico e tecnológico de qualquer país que almeja crescimento sustentável. Clamamos aos gestores de CT&I e à área econômica do atual governo que se sensibilize com o fomento à CT&I, colocando-o fora dos cortes efetuados.”

Antonio Costa
Presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica