Estudo desvenda processos envolvidos na regeneração da ponta do dígito de mamíferos

André Julião, de Campos do Jordão  |  Agência FAPESP – Cientistas há muito procuram desvendar o mecanismo envolvido no processo de regeneração da ponta de um dígito amputada, acreditando que aí estaria a chave para a regeneração completa de membros lesionados, como ocorre com as salamandras.

Esses anfíbios, quando perdem uma pata ou a ponta do rabo, formam no lugar um blastema, conjunto de células indiferenciadas capazes de recriar todos os tecidos perdidos, originando um membro igual ao que existia no local. Nunca algo parecido foi observado em mamíferos.

Em um artigo publicado na revista Scientific Reports, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) contestam as expectativas otimistas. Em vez da chamada regeneração epimórfica, como a das salamandras, na qual até mesmo as articulações e a função do membro amputado são recuperadas, na ponta do dígito de mamíferos ocorre o crescimento de basicamente três tecidos que naturalmente realizam essa função quando danificados: unha, pele e osso.

Eles mostraram, portanto, que o processo observado nos dedos de mamíferos é muito mais simples do que se esperava e, por isso, não é modelo para a regeneração de membros.

O estudo foi apresentado na última segunda-feira (9/9), durante o 3rd Australia Brazil Chile Regenerative Medicine and Developmental Biology Symposium, que integra a programação da 34a Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental(FeSBE), em Campos do Jordão (SP).

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